Noite fria e sombria,
tão sem vida e alegria.
Sinto medo ao imaginar,
o que pode me encontrar.
Os meus olhos nada viam,
além de vultos na escuridão,
de demônios que sorriam,
ao me ver sem direção.
Os seus olhos são vermelhos,
e os meus eram espelhos,
da tamanha escuridão,
que encobria o coração.
Sopra o vento ao meu ouvido,
tristes versos sem sentido;
sinto a morte me espreitar,
com demônios á esperar...
Posso ouvi-los me dizer;
- Abra os olhos e então veja,
os sorrisos que caçoam,
pois o inferno te deseja!
O pavor me consumia,
e meus olhos quis fechar,
mas o medo que sentia,
sempre iria me encontrar.
Procurei por toda parte,
meio á tanta escuridão,
por alguém que me fizesse,
escapar dessa ilusão.
Ouvi asas á bater,
mas eu não queria ver;
era um anjo que pousou,
e os demônios espantou.
Com seus olhos de serpente,
esse anjo me salvou;
com trovões de chamas verdes,
meus demônios destroçou.
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