Tem chaleira no fogão,
tédio morto em coração;
meu cinzeiro nessa mesa,
fede sim, te dou certeza.
Sobre o pano já molhado,
celular descarregado;
derramei todo o café,
quando fui lamber meu pé.
Sobre o que tinha na pia,
Já não sei o que sabia;
gente estranha no banheiro,
fica lá o dia inteiro.
Há barata no meu pé,
que foi morta com chulé;
mélecá no meu cabelo, que ficou até maneiro,
vou lavar lá no chuveiro, mas tem gente no banheiro...
Ouço o grito do carteiro,
se queimando com isqueiro;
mais parece um presente,
uma carta em minha frente.
Tédius faz-me te escrever,
cartas pra me devolver;
como o teto está caindo,
é melhor eu ir saindo...
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